sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E a poesia me jorrou por entre as pernas ...




Alastrou-me
...

e todo o corpo em movimento
copiando espaço
s em letras
atiradas no dorso e nos pelos
deslizando as boc
as sedentas
é todo um mar dentro da
fenda


e a sedução é a teia
que tece sobre o corpo - arr
ebentação
águas e marés viol
entas
quando se encontr
am em profusão

e é a poesia mais lin
da
em cada canal e poros dilatados
pelas palavras que germinam
num espaço lúbrico
de sais

e elas escorrem e prendem nos pelos
fazendo-se espumas e be
ijos
embaralhando os fluídos
acelerando o coração em bordados
pela poesia mais quente
que ele recita ao meu lado


resta-me dizer que o espêsso é o leite
nos flancos à faca
da boca pegajosa
que não disfarça o seu poema
apenas se deita comigo e me adormece na fenda

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