segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Gozando



são de vinho
o cálice da sua boca
queda-se a minha língua
num silêncio torpe

os crisântemos
as safiras
e
os pelos
num horizonte
de delícias

quedam-me as coxas
no amasso que me vergas
avermelham-se costas e dorso

e nos montes a curva dos seus dedos
esmagando-me
e eu gemo
e te mordo

Posted By Absinto.

PÚBIS



meu púbis é tão manso...

voa em remanso
com os anjos
sobe e desce
l e n t a m e n t e ...
são dos ventos
e penhascos
v e r t i g i n o s a m e n t e ...

apoia-se nos travesseiros
assim...
debruçado

Posted By Murmúrio

A falta que sinto...



e nos pelos elos de suores
quando os dois se fundiram - carne
núcleo, pólen, centro da gruta
e no caule, a seiva escorria
lisa andarilha e escorregadia

- abrindo-me, metendo-me...

com os furores dos bárbaros
pura heresia, fantasia desmedida
que me contorcia e me ascendia
e na umidade rasa expelia
todo o gozo de amor e nostalgia
pelo que fui e ainda sou

tua fêmea, tua flor, teu espanto

boca turva da gosma rouca
nos meus dedos cintilam o seu aroma

cede o feltro da língua
lambe a falta (te sinto tanto...)
e faz de mim a pegada louca
como o grito daquela noite

Posted By Vício e Dor

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ViajandoNoPrazer



"Vou te amar sem preconceito e sem medo
Deixar de lado minha timidez
Seduzir teu corpo, tua boca
Descobrir a loucura, a insensatez.

Encontros de pernas, pelos e poros
Frestas tapadas com língua a sugar
E cada gota orvalhada do teu centro
Escorre pelo corpo ardente em amar

A teimosia das mãos deslizantes
em partes quentes e ardentes
descobre teus recônditos...
Viajo no teu prazer efervescente

Corpos incendiados na loucura
exposta sobre os lençóis de seda
Sou tomada por braços fortes
E levada a viajar em tuas veredas

Gemidos ecoam na noite quente
Chega do outro lado a rua
Atiça desejos alheios
Mas é na tua cama que me encontro nua

No infinito caminho da luxúria
Que teu desejo me apresenta
Conheço a volúpia do teu prazer
Que no teu corpo, me acorrenta

E nas rotas desse prazer desmedido
Satisfaço minhas fantasias
Me entrego sem resistência
Despindo-me de qualquer alegoria."

rozeli mesquita

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Discutindo a relação...


ai, enfia no meu cuzinho!
- Tô tentando.
- Como assim tá tentando?
- É que não tá bem duro.
- Não tá bem duro? Vinte anos me enchendo o saco, pedindo: "Deixa eu botar no seu cuzinho" e quando eu deixo você me diz que não tá bem duro?
- Acho que foi a emoção. Deixa eu tentar de novo.
- Então, vem, mete tudo!
- Eu tô quase conseguindo. Abre um pouquinho.
- Abrir o quê?
- O cuzinho.
- Mas você sempre disse que queria botar no cu porque era mais apertado e agora me pede pra abrir?
- Como é que eu vou abrir o meu cu?
- Relaxando, porra!
- Eu tô relaxada até demais. Você é que tá nervoso com a sua meia bomba.
- O que é isso? Onde você aprendeu a falar assim?
- Falar o quê? Meia bomba? Todo mundo fala meia bomba!
- Não a minha esposa. Isso é coisa de mulher que tem amante.
- Pois fique sabendo que eu já falava meia bomba muito antes de ter um amante.
- O quê? Você tem um amante?
- É isso aí. Tá mais do que na hora de botar as cartas na mesa. Nosso casamento já era.
- Você enlouqueceu? Que papo é esse de uma hora pra outra?
- De uma hora pra outra, nada! A gente sabe que o nosso casamento é um defunto que esqueceu de cair. Nossa filha já tem dezoito anos e eu vou embora com ela.
- Não vai embora porra nenhuma. Primeiro vai me explicar: que história é essa de amante? Há quanto tempo você tem um amante?
- Dois meses.
- É o primeiro?
- É.
- Você deu o cu pra ele?
- Dei.
- Ah! Então é por isso que depois de vinte anos você resolveu liberar pra mim?
- É! É isso! Agora com licença que eu vou me mandar.
- Espera! Isso não pode acabar assim.
- Pode e vai. O nosso casamento já era.
- Não. Eu tô falando do seu cu.
- O que tem o meu cu?
- Eu quero comer. Depois de vinte anos eu tenho direito.
- De que jeito você vai comer o meu cu? Você tá broxa.
- Broxa, não, hein!? Sou corno, mas não sou broxa!
- Você? Corno? Corno que corneia não é corno.
- Quem disse que eu te corneio?
- Cinismo numa hora dessas? Já não bastam os vinte anos de hipocrisia que passamos nesse quarto?
- Tudo bem. Eu admito. Eu arrumei uma amante nos últimos meses.
- Nos últimos meses? Você tem um caso com essa mulher há anos. Eu sei, nossa filha sabe, o namorado da nossa filha sabe, todo mundo sabe.
- Ah! E eu sou sempre o último a saber o que vocês sabem!
- Essa é boa! Você é a vítima agora. Pelo menos ela te dava o cu?
- Não.
- Puta, mas tu é azarado, hein?
- Ah, é? Então fica de quatro que eu vou te mostrar o azarado.
- Pronto! Tô de quatro. Vem logo.
- Com terrorismo não vai dar. Você bem que podia gemer um pouquinho.
- Ai, meu Deus! Tá bom, então. Fode o meu cuzinho. Vem, enfia essa pica grossa no meu rabo. Eu quero sentir esse caralhão me arregaçando. Vem!
- Você fala essas coisas pro seu amante?
- Escuta aqui! Come logo essa porra desse cu que eu preciso ir embora.
- Ah, é assim? Tá de encontro marcado com o amante?
- Vai querer ou não?
- Tá bom. Tá bom. É que tá seco. Você bem que podia dar uma chupadinha.
- Eu é que não vou chupar essa lombriga mole. Dá uma cuspida e vai logo.
- Olha, vamos combinar uma coisa. Você vai preparando as suas malas enquanto eu relaxo um pouquinho. Depois você volta aqui e a gente liqüida a fatura.
- Minhas malas já estão prontas.
- Porra! Me apunhalando pelas costas!
- Pobre vítima indefesa! Agora com licença que eu tenho que ir embora.
- Espera. A gente precisa discutir melhor a nossa relação.
- Não me faça rir.
- A gente tem muitas responsabilidades em comum.
- Por exemplo?
- Por exemplo a educação da nossa filha.
- Você nunca se preocupou com isso.
- Nunca é tarde pra começar. Ela já tá uma moça e tem um comportamento que me deixa cheio de dúvidas.
- Que dúvidas?
- Será que a nossa filha dá o cu pro namorado?
- Ah! Vá se foder! Tchau.

Cum..2


Mija com teu gozo.. me enche de tua porra...

Meu Corpo-Sentido



sei que do meu ventre orvalham
serenos, pingos e gotas
estalactites que me fincam
e me deixam com o frio no dorso

sei também que me arrepio
se sinto um vento por baixo
e as coxas gemem, e os bicos empinam

e essa angústia erótica que me lambe...


Posted By Absinto.

Cum...


... Na garganta, o visgo prende o grito .

Minha femea...




E soprou-me o vento
no templo de Atena
onde os cabelos desgrenhavam-se
pelo etéreo e eólico
num beijo transpassado
pelos lábios de Min
erva

e abrimos as coxas
e roçamos os pentelhos
como se quiséssemos
os cortes ao relento
(encharcados de sereno)
aquele vento...
quele sopro...

e nos beijamos novamente
quando o pré gozo anunciava
pelos meus dentes em sua carne
e pelo seu grito de guerra


A falta que sinto...



e nos pelos elos de suores
quando os dois se fundiram - carne
núcleo, pólen, centro da gruta
e no caule, a seiva escorria
lisa andarilha e escorregadia

- abrindo-me, metendo-me...

com os furores dos bárbaros
pura heresia, fantasia desmedida
que me contorcia e me ascendia
e na umidade rasa expelia
todo o gozo de amor e nostalgia
pelo que fui e ainda sou

tua fêmea, tua flor, teu espanto

boca turva da gosma rouca
nos meus dedos cintilam o seu aroma

cede o feltro da língua
lambe a falta (te sinto tanto...)
e faz de mim a pegada louca
como o grito daquela noite

sábado, 19 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E a poesia me jorrou por entre as pernas ...




Alastrou-me
...

e todo o corpo em movimento
copiando espaço
s em letras
atiradas no dorso e nos pelos
deslizando as boc
as sedentas
é todo um mar dentro da
fenda


e a sedução é a teia
que tece sobre o corpo - arr
ebentação
águas e marés viol
entas
quando se encontr
am em profusão

e é a poesia mais lin
da
em cada canal e poros dilatados
pelas palavras que germinam
num espaço lúbrico
de sais

e elas escorrem e prendem nos pelos
fazendo-se espumas e be
ijos
embaralhando os fluídos
acelerando o coração em bordados
pela poesia mais quente
que ele recita ao meu lado


resta-me dizer que o espêsso é o leite
nos flancos à faca
da boca pegajosa
que não disfarça o seu poema
apenas se deita comigo e me adormece na fenda

Pra Essa Égua Gostosa ...




Sinto o cio no vento que me sopra
a crina encrespa
quando a potra encosta
empina o rabo
em fios dourados
e trança as pernas
num gostoso bailado

Eu trepo
eu monto
eu sinto as ancas
e o suor escorrido no pelo
que me atiça
que me envolve

resfolego mais grosso
e relincho
bato os cascos
pancada forte
e logo aviso
que o gozo é pra ela.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ele chega e acontece



Ele chega e acontece

não mede, não pensa e só fode.

Traz no corpo a ginga,

a dança e a intr
iga

Ele não dá a quem o pede - (me fode?)

ele se mete e se intoca

naquelas que sentem na pele

todo o seu jeito vadio...

Ele nunca deixa na mão

o gosto da tara e do corte

ele implode, se alastra e come


e derrama o que tem de mais quente

"Quando ela abre a porta,

tudo fica mais gostoso
..."

Mas, é com ele, só com ele.
(Que eu cedo toda a umidade)...


Posted By Absinto.

Nas densas águas do nosso prazer!




Não se esconda!
Se abra pra mim
Se mostre, me explore,
Me tenha...
Não me detenha.
Permita meus olhares
Se entregue a eles
Façamos desse encontro uma aventura
Única e interminável viagem virtual
Sejamos loucos...
Conscientemente inconseqüentes!
Vamos tocar, provocar,
Explorar os sentidos, tatear os contornos
Descobrir os recôncavos
E preenchê-los com as mais loucas fantasias
Até encontrar nosso encaixe perfeito
do meu corpo no seu.
E finalmente, nessa troca louca
Saciar a nossa sede
Nas densas águas do nosso prazer!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Pedidos"



pedia sorrateira
que o meu hálito passeasse
pela sua nuca em desespero

deitou-se lânguida
mostrou-me as costas
uma clareira de pelos

deixei-me ficar por uns instantes (apenas)
e (até) uns momentos deixei-me calar

pedia... pedia meiga
que a minha língua fosse o acalanto
daquelas ancas escorregadias
pelos suores de pirilampos

ela sempre pedia...

e vi os astros deitados
sobre os vãos de suas coxas
e vi a poesia embriagando-a
como se os lilases
desmaiassem de euforia

eu a recitei
ganhei o céu
e virei monja

. . .



Posted By Murmúrio.

Teu gosto na minha boca



e a minha boca-espanto
pelo seu corpo aberto
corpo de cedro e cipreste
gemendo-me em mato
sulfato e zinco
o demo e o limo
anjo serafim - estopim de mim
bicho de seda, fera e rapé

e a minha boca-alegre
feito louca e gritante
eco-corpo-nu - extasiante!
você em mim
um querubim e uma sílfide
rogando deuses em oceanos

entornando ...
derramando ...


Posted By Murmúrio

Seu Cortejo...




- Descem as cascatas por entre as minhas coxas -
Fortes corredeiras em lisonjeiras madeixas
Nuas... vadias... e úmidas
- Cheiram à sexo barato... sexo de gato...
Tua língua me molha em intrigas, salivas e salácias...
- Corro à mingua pela tua víbora... língua de safo... língua de lanho.
Sinto o escorrer mais mundano... de toques insanos.
- Selvagem e lasciva tua língua bandida que me deixa inerte... flutuando...
Mexa mais... lamba mais... sinta mais... o escorrer é lindo...
- Acaricie a lisa e lambuze bem prosa com a tua saliva-grafite todo o meu corte...

língua


Pele úmida
da iguana
Serpenteando
em transe...
Vigorosa
língua
esmaecendo
no corpo da fêmea...
Nos lábios
o morder
dos dentes...
Cerrados e incisivos
O sangue escarlate
em pingos
Um gosto
doce e grosso...
Uma saliva ardente
em mãos dementes...
Iguana bicho
silvestre cio
Mata-me de gozo..